Monday, May 23, 2005

Défice de 6,83%

Quando Durão Barroso chegou ao Governo, pediu a Constâncio para apurar o verdadeiro valor do défice determinado por Guterres em 1,1%, sendo depois apurado que o seu verdadeiro valor era de 4,4%.

Como resposta, tivémos dois anos de Manuela Ferreira Leite, que tendo estancado a sangria, não resultaram em nenhuma reforma do lado da receita (que resultados teve por exemplo a Agência do Investimento?) nem principalmente do lado da despesa.

Depois de Santana Lopes ter decretado o fim da auteridade, tendo Bagão apresentado um orçamento demasiado errado para ser honesto, vem-se agora a apurar que o valor do défice se situa agora em 6,83%, o que para além do atestado de incompetência que passa ao Governo anterior (lembremo-nos que para além do mais, o Estado vendeu património ao desbarato para mascarar o seu valor, tendo Durão, assim que chegou a Presidente da Comissão Europeia declarado que o pacto devia ser flexibilizado), fez cair pela base aquela que foi a sua principal crítica a Guterres e suporte.

Um Governo que tanto criticou o anterior pelo estado em que deixou as finanças públicas, que cortou todos os benefícios fiscais e prestações sociais que conseguiu (o Ministro da Cultura era apelidado de Homem Invisível) e que considerou o défice a sua principal prioridade é mau de mais para ser verdade.

É agora claro que Durão não estava preparado para governar e daí a sua necessidade de fundamentar a sua actuação na crítica ao seu antecessor, o que o fez com tal violência que criou uma recessão na nossa economia apenas para se manter no poder de tal forma que assim que teve hipótese de ir para melhor não teve qualquer problema em abandonar tudo, escolhendo Santana para sucedê-lo porque seria o que estaria melhor colocado para ganhar as eleições e liderar o período da retoma (há quem diga que foi um vingança pessoal)

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