"Boa Noite. Eu Vou com as Aves"
De Eugénio Andrade guardo a surpresa do primeiro contacto com a intensidade dos seus versos. Penso que o seu grande mérito residia exactamente no seu extraordinário poder evocatório de sentimentos físicos. Sempre tive pena da sua auto-reclusão, imposta sem perceber se por rancor ou pudor.
Como tributo deixo um dos seus versos que mais me surpreendeu:
Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser
- se a luz é tanta,
como se pode morrer?
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