A justiça e a Razão
Concordo que o modo como a Comissão Constâncio e um valor de défice estimado e determinado às décimas foram usados pelo Governo como forma de legitimação da implementação de reformas que puseram em causa direitos adquiridos à margem da negociação com parceiros sociais foi uma estratégia ilegítima.
Não é justo que pessoas que enveredaram pela função pública com certas expectativas, nomeadamente os anos de trabalho para a reforma verem agora esses direitos retirados, como no caso de pessoas que esperavam ter de trabalhar mais x anos e agora ter de trabalhar mais Y sem direito de opção.
Mas nos caso dos professores, escolherem de propósito a época de exames para a sua greve, por ser exactamente aquela mais prejudicial e por consequência mais visível demonstrou acima de tudo uma profunda falta de respeito por eles e com isso perderam qualquer razão que lhes pudesse assistir.
A discussão que depois se seguiu depois sobre o pode ou não ser considerado serviços mínimos, foi surreal e só demonstrou o quanto a classe está habituada a legitimar a sua incompetência através de direitos estatuídos e não justificáveis.
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