os direitos do Estado
No seu artigo Sexta Feira no público Miguel Sousa Tavares toca no ponto essencial. Começando-se por interrogar se será Portugal viável, afirma que tem as maiores dúvidas devido à dependência que ainda temos do Estado que continuamos a percepcionar como causa para e solução para todos os nossos problemas e aspirações, dando alguns exemplos como a recusa de mexer em direitos adquiridos, nomeadamente a segurança social, na comparticipação nos medicamentos (temos o maior índice europeu de consumo de medicamentos!) ou a exclusiva preocupação dos juízes com os seus direitos e não com o terrível funcionamento da justiça em Portugal.
Esta dependência origina a falta de empreendorismo criticada por Sampaio e que faz que tenhamos dos sectores privados da Europa com menos competitividade. Como comparação assinala que enquanto em Portugal 63% do capital de risco é assumido pelo sector público, em Espanha é 9 por cento, sendo o resto privado.
Para explicar esta diferença começa por sugerir as diferentes formas de financiamento nos Descobrimentos, identificando três momentos posteriores, o Salazarismo do Estado protector, o Gonçalvismo do Estado suficiente e os dinheiros europeus do Estado oportunidade.
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