Oracle's night by Paul Auster
Se existe um pós-modernismo na literatura, ("A Imortalidade" do Kundera ou "Se numa noite de Inverno um Viajante" do Calvino) um dos seus exemplos máximos é o Oracle's Night do Paul Auster.
A uma narração temporal, o autor consegue aliar uma outra espacial (dicotomia que também pode ser entendida como cruzamento entre uma estrutura vertical e horizontal)desde o leitor, ele próprio (autor), passando pela sucessão de acontecimentos que se sucedem na condição de escritor até à história que ele como personagem sua escreve no livro.
A esta estrutura brilhante, Paul Auster alia um ritmo narrativo que permite envolver o leitor numa cadência lenta e arriscada, compensado-o com a surpresa dos momentos fulcrais da história.
O final é brilhante, recusando-se a revelar o fim da história exactamente no seu clímax, dando-nos outro que obriga o leitor a interpretar à luz dos seus valores.
Como para mostrar a falência e temporalidade da sua genialidade, quase num ritual de purificação, no fim destrói tudo...
1 Comments:
e tudo por causa dum pequeno livro de apontamentos português...Azul, claro!
E se há livros que puxam outros livros, dp de ler este a vontade é devorar "O Falcão de Malta".
E ainda por falar em livros onde os protagonistas procuram de alguma forma o "sentido da vida", não pode faltar à lista "O Fio da Navalha" de Somerset Maughaum.
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