Columbia Lectures
new life, new blog...
from now on I'll be posting here
Novo blog de crítica, divulgação e discussão de ideias sobre arquitectura, urbanismo e sociedade:
http://posthabitat.blogspot.com/
Se existe um pós-modernismo na literatura, ("A Imortalidade" do Kundera ou "Se numa noite de Inverno um Viajante" do Calvino) um dos seus exemplos máximos é o Oracle's Night do Paul Auster.
A uma narração temporal, o autor consegue aliar uma outra espacial (dicotomia que também pode ser entendida como cruzamento entre uma estrutura vertical e horizontal)desde o leitor, ele próprio (autor), passando pela sucessão de acontecimentos que se sucedem na condição de escritor até à história que ele como personagem sua escreve no livro.
A esta estrutura brilhante, Paul Auster alia um ritmo narrativo que permite envolver o leitor numa cadência lenta e arriscada, compensado-o com a surpresa dos momentos fulcrais da história.
O final é brilhante, recusando-se a revelar o fim da história exactamente no seu clímax, dando-nos outro que obriga o leitor a interpretar à luz dos seus valores.
Como para mostrar a falência e temporalidade da sua genialidade, quase num ritual de purificação, no fim destrói tudo...
La Britannique d'origine irakienne, lauréate du prix Pritzker 2004, s'est vu confier deux grands chantiers en France : la construction d'une tour pour CMA-CGM sur le port de Marseille et une médiathèque à Pau.
Zaha Hadid has been announced as the winning architect for the new Architecture Foundation building.
"The IRA has formally ordered an end to its armed campaign and says it will pursue exclusively peaceful means." BBC News
Mr Blair said it was a "step of unparalleled magnitude. Today may be the day that peace replaced war, that politics replaced terror, on the island of Ireland. It is what we have striven for and worked for throughout the eight years since the Good Friday Agreement.
It creates the circumstances in which the institutions can be revived."
Um dos grandes problemas do sistema político português é o facto do seu centro de gravidade estar demasiado deslocado para a esquerda e ainda subsistir um complexo de direita em Portugal.
Como ainda temos um Estado muito pesado e omnipresente nos mais variados sectores da sociedade, existem ainda demasiados lobbis que através dos partidos usam o Estado em benefício próprio. É por esta razão que não existe um pensamento economicamente liberal no nosso espectro político, porque ninguém está verdadeiramente interessado em que o Estado diminua, pois automaticamente desapareceria a sua forma de subsistência.
Isto origina que o PSD seja considerado um partido de direita, quando por standards europeus seria de centro-esquerda, e o CDS um partido ainda mais de direita, quando a sua vocação é centrista, conservadora, com um fortes preocupações sociais e sem doutrina definida em termos económicos.
Por outro lado, origina uma sensibilidade exarcebada a discursos vincadamente de esquerda, que na actual situação financeira do País, deviam ser apelidados de demagógicos e populistas.
Basta lembrar que em quatro meses, esta governação socialista, anulou uma lei de arrendamento que apelidou de despejos, querendo introduzir outra que deixará tudo na mesma, dando ao estado um papel soviético.
E que preferiu subir o IVA, com um forte impacto negativo na nossa competitividade, a colocar portagens nas SCUT’S.
E que aceita que as nossas forças de segurança ameacem bloquear pontes e não passar multas.
E que anuncia um plano de investimentos públicos elevadíssimo, por razões meramente ideológicas (que na minha opinião oculta o pagamento a lobbis) em vez avaliar e debater quais as medidas que terão de facto um impacto sustentado na nossa economia.
Considero o TGV uma infra-estrutura fundamental a um país periférico como o nosso e que à muito tempo deveria estar pronto, assim como considero um erro tremendo ter-se apostado no desenvolvimento da nossa rede rodoviária em vez da ferroviária.
Relativamente à OTA, tenho as maiores dúvidas, até porque o Prof. Mário Viegas já demonstrou como é possível expandir a Portela, cuja proximidade ao centro é uma grande factor de atractividade para Lisboa (ou poderia ser, se devidamente integrado com a rede ferroviária e de metro da cidade...) e também acho que seria muito mais interessante complementá-lo com outro aeroporto para low-costs.
No entanto, a questão é que o PS apresenta estes investimentos como meio para relançar a economia, por razões ideológicas, quando os especialistas dizem que no caso português, são outras medidas que precisamos (equilibrar a balança comercial, absorver o emprego do sector têxtil, etc...).
E de tal forma o PS defende a sua ideologia que deixa cair passado apenas 4 meses o seu Ministro das Finanças, o único que foi capaz de afrontar interesses instalados e com um discurso impopular, quase dando razão a Santana para se sentir injustiçado...
Sejamos claros. Já toda a gente percebeu que este Governo não está interessado em resolver os problemas do País mas é apenas mais um que usará os nossos impostos em proveito próprio, e que Sócrates (pela imagem e tom afirmativo) foi o escolhido como veículo para alcançar o poder e não pelas suas ideias (que ninguém percebeu quais são).
A razão pela qual o peso do Estado tem de diminuir em portugal, não tem a ver com nenhuma doutrina neo-liberal ou capitalista. Tem de diminuir porque só assim desapareceram os grupos de interesse que vivem à conta dele.
E não é elegendo mais do mesmo que as coisas mudarão. Apenas uma sociedade civil mais forte, com uma participação activa e efectiva na esfera pública poderá ser um factor de mudança.
Pacheco Pereira diz que o que move Mário Soares é não querer perder influência no PS e poder afirmar a sua suposta derivação de esquerda a um nível instituicional.
Não concordo. A mim parece-me que o timing destas candidaturas tiveram somente a ver com o objectivo de fazer desaparecer da agenda mediática a demissão do Ministro das Finanças e se Mário Soares foi conivente com o processo, foi apenas pelo prazer de estragar a candidatura que Cavaco gere magistralmente à 8 anos e cuja vitória toda a gente toma já por adquirido.
Se a candidatura de Mário Soares for mesmo formal, significa na minha opinião que o seu ódio a Cavaco e incapacidade de perder protagonismo (até no PS, onde aí sim, Cavaco Presidente lhe retiraria) são tão desmesurados ao ponto de fazer um disparate destes.
Porque independentemente do seu mérito, é um perfeito disparate a sua candidatura e no fundo significa não só o medo que a esquerda tem de Cavaco, como a incapacidade da esquerda de lidar com os seus complexos e motivar alternativas, que existem (Constâncio, Freitas do Amaral, Gama, Almeida Santos, etc...)